quarta-feira, 9 de março de 2011

Mágoas, cigarros, tristeza e álcool.

Não encontrar caminho para seguir, não ter uma direção e nem um motivo. Sua vida era conturbada de mágoas e tristezas. Amor não correspondido, um diálogo infernal com seu pai. Seu pai que sempre a criticava e a coloca contra sua mãe, a pessoa que ela mais amava no mundo. 
Uma noite qualquer, igual as outras com brigas e discussões causada pela seu pai, que ao passar do tempo só ganhava mais ódio dela. Na escuridão do seu quarto, ela olhava para o vazio e em um piscar de olhos uma lágrima escorreu em seu rosto. Ela se dirigiu até a cozinha e abriu a geladeira que com o ar  fez ela se arrepiar de frio. Pegou um garrafa de cerveja e seguiu para o sofá, onde ela acendeu seu cigarro e tentou achar uma saída nas drogas. Cada trago era um ódio, uma tristeza. O vazio a consumia, como sair de todos aqueles problemas? como se livrar de pessoas? de sentimentos? 
Ao voltar para a cozinha, ela sentiu certo prazer em ver as dimensões afiadas das facas que ficava no faqueiro. Algo muito envolvente para ela naquele momento. Seguindo novamente para a sala ela acendia mais um cigarro, o sentimento de falta de perda de abandono a consumia.  Ela estava sozinha e sabia disso, ela nunca poderia compartilhar suas lágrimas com alguém. Ela estava certa que nunca acharia alguém, ninguém poderia tira-lá dessa escuridão. Um abismo que ela poderia gritar, mais ninguém a ouviria. Ninguém.


mágoas e tristeza para vocês.
1 beijo e 1 grito de socorro. Stephanie Alcântara. 

domingo, 6 de março de 2011

Uma tristeza prazerosa, ilusória e um tanto fascinante.





Uma tristeza tinha passado, mais nem imagina que outra tristeza maior está por vir, mas diferente essa tinha um lado totalmente fascinante e prazeroso. Descobrir a verdadeira personalidade não foi lago muito fácil, mais agora sem aquele passado, sem aquelas máscaras e aquela tristeza, tudo poderia voltar a ser melhor ou não. Ir para o colégio todos os dias passou a ser interessante, como desvendar uma incógnita. Voltar a ver aquele sorriso toda a manhã, poder olhar no fundo dos seus olhos. Cada movimento dele não passava despercebido ao meu olhar, era uma sincronia de movimentos perfeitos. O seu olhar enchia de luz o ambiente, e seu sorriso trazia alegria ao meu coração. Era fraca demais para olhar por mais de segundos nos seus olhos, eles me hipnotizavam, conduziam minha imaginação a se iludir. Suas palavras soavam como notas musicais de uma canção clássica. Estar do lado dele e ter medo de toca-lo, um medo que me consumia. Paralisada ali sem nenhum movimento, por mais perto que ele estava era como se fosse inalcançável. Parecia tão puro, tão simples, gentil. Uma mistura de ciúmes e tristeza me consumia, por saber que eu não era a única a pensar nele, mais era a única que pensa assim dele. Algo tão fascinante me consumia no momento em que via seus olhos em mim. Ele era algo raro, como um quadro de Leonardo da Vinci. Como se tudo o que ele era não encontraria melhor em mais ninguém. A mistura com a dosagem perfeita de um menino e um homem. Gostos idênticos, mais isso não era nada comparado a mistura de sentimentos que ele passava para mim. Estar no mesmo ambiente que ele me encantava, com certa dosagem que não mais conseguia me mover com a razão. Ele me deslocou de um mundo de ilusão para um grande mundo ilusório, esperanças de ilusões daquelas que sabia que nunca em momento algum iriam se realizar. Mas como eu me sentia perto dele, era mais forte que qualquer razão de me afastar dessas ilusões jamais um dia realizadas. A vontade contra o medo, de expor meus sentimentos. Uma grande luta da qual eu já sabia qual não iria ganhar. Amar em silêncio não era algo fácil mais me fascinava. Pensam em milhões de maneira para poder dar-lhe um abraço e sempre fraquejar no ultimo instante. Mas isso não acaba por aí, isso é uma incógnita muito maior do que eu imagino e muito mais raro que um quadro de Leonardo da Vinci. 



1 incógnita a ser desvendada.
1 medo a ser superado. Stephanie Alcântara de Souza.

terça-feira, 1 de março de 2011

acordando tarde de seu pesadelo, e indo tarde para seus sonhos

Ela se sentia dependente dele, precisava dele como todos os seres humanos precisam de ar. Ele era tudo para ela. Era. Se passou um ano, e ela se cansou de ficar esperando por algo que sabia que nunca chegaria a acontecer, nunca chegaria a reviver. Ela se sentiu estranha, por vê-lo e seu coração não disparar, sua respiração não ficar ofegante e suas mãos não suarem. Ela ficou paralisada depois não sentir nada, de vê-lo ali como um qualquer desconhecido, uma pessoa totalmente estranha que parecia que nunca chegou a passar pela sua vida. Como se ele nunca tivesse existido. Mas o que estava acontecendo? Ela tinha perdido toda a esperança? Ou tinha voltado a ser tão fria quanto era antes? Pode ter ocorrido as duas opções, ela estava totalmente cansada, cansada de dedicar seu tempo a alguém que não a amava, ou ver que perdeu um ano por ele. E ele não perdeu um ano por ela. Depois de tanta escuridão, tristeza e sentimentos não correspondidos ela encontrou certa clareza que as vezes a assustava. Ela não sentia mais nada por ele, como se um ano fosse apagado em segundos. Talvez não fosse em segundos, talvez ela estava se auto enganando por não querer enxergar a realidade. A realidade que a machucava. Mais ela se enganou novamente em pensar que tinha voltado a ver tão fria como antes. Ela gostava de alguém, mais não acreditava nisso. Queria não acreditar nisso. Ela nunca soube lidar muito com os sentimentos, ela pensava com  a razão. Totalmente. Nunca acreditou em todos os sentimentos que sentia, ou as vezes acreditava em algo que não existia. Não sentir nada mais por ele. Não mais medir as palavras em uma conversa, para não machuca-lo. Mas depois de tudo isso acontecer, ou talvez de tudo isso não ter acontecido. Ela viu que em um simples briga que era coisa do dia evoluiu, descobriu que ele não acreditava nela, que ele nunca gostou, amou ou acreditou. Tudo não passou de uma mentira. Ele preferia defender quem ele pouco conhecia do que a pessoa que ele dizia amar. A comparou com outra pessoa, a ofendeu. Mais isso não a afetou, como poderia ter afetado a semana atrás, ela falou o que deveria sem medir suas palavras. Como se ele não estivesse falando nada, a unica coisa que ela conseguia ouvir era suas próprias palavras dizendo a verdade para ele. Uma verdade que não queria acreditar. Por mais que não gostasse dela (bom isso era o que ela pensava) ele não queria acreditar que ela não mais o amava, de alguma forma ele precisava dela, ele não viveria sem ela. Mas não a importava com o que ele sentia ou não, afinal ele nunca se importou com seus sentimentos. Nunca. Eles estavam tão perto, mais tão longe. Agora tudo que ele queria era que o perdoasse, mais ela cansou de perdoar. Simplesmente cansou. Tudo que ele mais quer evitar agora era a presença dela, mais uma coisa ele não podia evitar SEUS PENSAMENTOS, SEUS SENTIMENTOS,  não tinha controle sobre nada disso. Nunca teve. Ela não queria evita-lo, porque ele só se tornou mais um estranho em seu mundo. Tudo tarde demais, os dois acordaram tarde de mais. Ela para sair do seu pesadelo e ele para entrar em seus sonhos.




1 caneca cheia de café amargo para vocês.
1 beijo e 1 sorriso irônico. Stephanie Alcântara de Souza.