sábado, 27 de abril de 2013

Quando chega.

As vezes, a felicidade demora a chegar
ela ficar bailando pelo ar.
Fugindo da gente, 
que tenta ser contente.

O amor então, nem se diga
da aquele frio na barriga. 
Pra depois fazer das lágrimas um mar, 
e pra onde vai todo o amar?

A solidão quando chega é diferente,
vem mansinha.
Começa a andar junto com a gente,
como se fosse boa companhia.

A inspiração já vem enfurecida,
tirando palavras da ferida.
Fazendo sangrar,
o que já havia esquecido...

da memória tão batida.



Stephanie Alcântara de Souza.

terça-feira, 16 de abril de 2013

São essas palavras que eu não podia dizer?

 Gosto da minha poesia, da minha escrita. Não que eu não seja humilde, mas na verdade acho que no intimo ninguém é. Se tu faz algo bem e gosta disso, deveria se orgulhar, porém ainda estou aprendendo. Então não chega a ser algo que tenha tanta ligação com a humildade, tu apenas gosta. Ame, talvez. Talvez, deseje.
 Acho que quando escrevo, as palavras me dão algo em troca. Algo intenso. As palavras me acolhem e me atormentam, me abraçam e as vezes me dão tapas no rosto cheio de olheiras de tamanhas insonias. Eu vivo com as palavras, sobrevivo, transo com elas. A poesia, me da um prazer selvagem demais e ao lê-las depois e ver aquele sentimento todo ali chega a ser um tremendo orgasmo. Realmente não fui humilde em escrever isso, mas temos que aceitar que fazemos sexo ou amor com as palavras todo dia ou toda noite. Talvez tenha sido direta demais ou talvez não, mas um bom leitor entenderá. Capaz de usar a sinceridade e abusar dela, em cada palavra. Alguns me jugaram por isso, mas ainda estarei me divertindo com as palavras ou gozando com elas. Sou cordial com as palavras e calma ao lê-las, mas não ao digita-las. Porém, as vezes gosto de rasga-las, parti-las ao meio e gritar aos quatros cantos do mundo ou as quatro paredes de um quarto.


Stephanie Alcântara de Souza. 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

A insonia engole, sem dó e sem pudor.

A madrugada me gospe,
mas a insonia que engole
Sem dó e sem pudor,
como se a falta de sono não trouxesse dor.

As colunas estão meio desordenadas,
mas a insonia caminha de mãos dadas
Sonhos nunca foram controlados
e meus olhos continuam arregalados.

A madrugada é escura,
em cada linha uma lacuna
Carrega um grande breu dentro de si mesma,
deve ser por isso que gosta de ser minha companheira.

A escuridão acalma,
mas as vezes é agonizante
Não se pode controlar a alma,
e os atos são aterrorizantes.

Acalmantes não adiantam mais,
nem a luz do computador me trás paz
A sede de vida é voraz,
nem o sono as palavras me trazem mais.

...Alma, só queria um pouco de paz.



Stephanie Alcântara de Souza. 




Esqueci de sentir.

De cabeça erguida segui,
mas eu nem percebi
Que o coração fechado eu deixei,
mas não me apavorei.

Andei olhando pra frente,
mas esqueci de repente
Que esqueci de sentir,
mas pro coração estava a mentir.

Olhei no horizonte,
mas queria ficar naquela ponte
Deixei a frieza me levar,
mas era ali que eu queria ficar.

Determinação e ação,
enquanto triturava o resto da emoção
Pouca emoção levei,
embora o coração ainda não tirei.


Stephanie Alcântara de Souza. 

Saudade nua.

Saudade é coisa brava,
Bate sem pensar duas vezes.
Saudade não tem vergonha na cara,
Joga toda sua acidez de uma só vez.

Saudade é bicho feio,
Vem depressa.
Saudade é despida,
Nua e crua, chega e atravessa.

Saudade é forte,
Não pede licença.
Saudade não abusa da sorte, 
Não reza, não tem crença.

Saudade é coisa de outro mundo,
Selvagem que é
Chega até nos corações vagabundos,
E não consegue deixar a alegria de pé.


Stephanie Alcântara de Souza.

Então...

 Detesto quando nós brigamos. Detesto também o jeito como tu tenta me controlar, mas sou apavoradamente encantada com o jeito que tenta me proteger de tudo - e fala com toda certeza do mundo - que eu sou sua. É engraçado, porque sempre respondo com um não, mesmo querendo me jogar nos seus braços. Então esteja do meu lado o máximo de tempo que tu puder. Sabe aquela voz engraçada de ciúmes - sim, eu acho ela muito engraçada e tem uma mudança tão mínima que nem tu percebe -  e tu sempre faz quando eu quero ir sozinha a algum lugar? Então, isso me deixa completamente feliz mesmo me deixando estressada. Teimar contigo é meu hobby favorito. Dou risada quando tu me imita quando fico com ciúmes, mesmo eu negando bravamente que não o sinto. Tu fica bravo quando não dou certeza de nada e sempre sou vaga nas minhas respostas, mas sabe que sempre serei assim.
Gosto daquele seu abraço de urso, que faz eu sentir minhas costelas quase quebrando. Gosto de tu do meu lado - assim, bem junto - mesmo suado. Gosto do jeito que tu olha nos meu olhos, das cócegas, do jeito que me segura, que me pega no colo e gosto dos nossos pés juntos. Gosto - amo - sua barba. Gosto do seu cheiro, do cheiro que deixa na minha roupa e consigo gostar mais ainda de andar pela casa com sua camiseta. Amo me sentir confortável, e tu me trás conforto. Tu reclama do meu jeito de deitar torta na cama, mas logo depois já esta se ajeitando do meu lado. Detesto sua mania de me irritar. Amo tanto a sinceridade, mas detesto-a quando tu usa pra falar mal dos meus sapatos. Gosto da ideia idiota de tu comprar uma kombi, colocarmos barraca, prancha de surf  e um dalmata, mas a ideia idiota é ainda mais legal quando vejo a gente na estrada com tudo isso. Daí tu vem e usa minhas próprias palavras um dia já ditas, pra me irritar de novo e mesmo ficando brava novamente eu dou risada disso tudo. Tu me faz rir - acho que isso define muito - tu me faz rir e eu amo rir.


Stephanie Alcântara de Souza.