Nunca sabemos o que estamos perdendo, nunca. Ou quase nunca. Quando tu deixa de ir a um lugar, tu deixa de conhecer novas pessoas, ter novas experiências, adquirir mais sabedoria e conhecer novos lugares. Mas se escolher por ir, tu também deixar de fazer algo, de conhecer ou aprofundar algo que já existia, assim também deixa de conhecer um outro lado, uma outra face do que já estava na sua vida. Nunca sabemos o que iremos perder de verdade, mas sempre perdemos. Temos que perder para ganhar, sempre nesse clico. Tu poderia estar com as portas e janelas todas escancaradas para um novo projeto, mas talvez o melhor era aquele que tinha apenas um brecha com luz. Nunca, é uma palavra muito forte. Porém, nunca saberemos o que era o melhor. Sempre terá "e se?" e o "talvez". Pessoas se acomodam com o mais fácil, mesmo sabendo que o mais difícil na maioria das vezes trás mais resultados. O humano é preguiçoso. Tem preguiça de arriscar e de escolher. Embora escolhas não sejam fáceis e em alguns casos não depende só de você, elas são inevitáveis. Tu pode não saber o que é melhor pra você, mas certamente sabe o que é pior. Ou acha que sabe, os humanos geralmente acham muito e sabem pouco. Não saber o que escolher é um porre, mas um porre daqueles que te deixa de ressaca pelo menos por uns seis dias no mínimo. Não, não estou exagerando. A verdade sempre parece exagero, mas escolher não é tão agradável quanto parece. Seria tão mais fácil se pudesse abraçar tudo e tivesse plena certeza que não iriamos deixar escapar nada, nadinha. Mas ninguém tem tudo, ou tem e ninguém sabe. Escrever sobre o ter ou não ter, perder e escolher é como começar um texto que tu sabe que nunca vai terminar. Mas agora eu vou perder algumas linhas de pensamento pra não ficar pressa aqui, e assim decidindo por imediatamente terminar.
Stephanie Alcântara de Souza.