quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Ninguém conseguiu preencher.

  O branco é tão difícil de preencher, parece estar sempre vazio mas nunca sabemos se ele realmente esta. Pode haver um branco dentro desse branco, ou até mesmo cores coberta pelo branco. Sentimentos talvez. Sempre pode haver coisas demasiadas no branco, porém sempre estará vazio ao olhos dos insensível ou cegos de pensamentos. Aquela parede que te cerca e te olha, será que ela tem olhos? Papeis brancos te rodeiam ou até mesmo caixas de texto, esperando ser preenchidas por palavras tão bem pensadas ou como essas tão estabanadas. Há aqueles que tentam preencher, com demasiadas palavras mesmo sabendo que jamais conseguira, preencher todo esse branco e vazio. Há aqueles que preenchem de olhares, porque há tamanha confusão em si mesmos que não conseguem traduzi-las em palavras. Afinal, o branco nunca será preenchido ou talvez já esteja, rabiscado de palavras tão claras quanto ele. O preto, só preto, sempre o vejo preenchido. Preenchido não pela cor, mas pelo o que pode haver no escuro. O que o escuro pode guardar, te esconder, lhe ocultar. Solidão preenche o preto e o medo preenche a escuridão. Porém o preto também é nada, mas pode ser tão claro quanto o branco e o branco tão escuro quanto o preto. Pode haver abismo nos dois, ou entre eles. Não é questão de cor, é o que ela pode ter, esconder ou até acolher. Sempre tentei entender ou preencher. Mas a questão é que nunca ninguém verá, além de você mesmo o que está preenchido ou o que esta ali quieto, sozinho em branco, vazio. Perdido na luz, triste com o branco; se encontrando no preto e sendo feliz no escuro. Tudo tem seus dois lado, tudo pode ser ilusão, depende da luz ou da escuridão, de nunca preencher o branco mesmo ele estando preenchido, e preencher o preto mesmo na escuridão. A questão é que sempre haverá algo pra preencher infinitamente, desde a caixa de texto á folha preta. Desde os pensamentos  ao coração. Desde o que não vemos ao abismo.




Stephanie Alcântara de Souza.